quinta-feira, 25 de março de 2010

Fidel : Obama é um capitalista fanático e só fala besteiras sobre Cuba

O líder cubano Fidel Castro afirmou nesta quinta-feira não sentir qualquer aversão pelo presidente Barack Obama, mas o definiu como um "capitalista imperialista fanático, que diz besteiras sobre Cuba", segundo um novo artigo publicado nos jornais Granma e Juventud Rebelde.

Fidel fez esses comentários sem mencionar as declarações da véspera de Obama, que denunciou a repressão em Cuba e pediu a libertação de todos os presos políticos, cerca de 200, segundo a dissidência local.

"A política militarista, o saque dos recursos naturais, o intercâmbio desigual da atual administração com os países do Terceiro Mundo em nada se diferencia da de seus antecessores ", estimou o líder comunista de 83 anos.

Em seu artigo, Fidel Castro enfatiza que Obama é pessoa inteligente e bem informada contra o qual não possui qualquer aversão, mas que espera que as "besteiras que às vezes fala sobre Cuba não expresa sobre Cuba não ofusque sua inteligência.

Da AFP Paris

Pesquisadores acreditam ter encontrado um novo ancestral do homem

Cientistas divulgaram hoje que é possível que um novo ancestral do homem tenha sido descoberto na Sibéria. Graças aos exames genéticos, os pesquisadores concluíram que o DNA do hominídeo não é compatível com o dos humanos ou o de Neandertais, duas espécies que viveram naquela área há cerca de 50 mil anos. O estudo pode ser lido na íntegra na próxima edição da revista "Nature".

A descoberta está intrigando especialistas, já que sugere que a espécie da Sibéria seja de uma linhagem diferente, que provavelmente se separou da linhagem que deu origem aos humanos e aos Neandertais há cerca de um milhão de anos.

Por enquanto, os cientistas que divulgaram a possível nova espécie pedem cautela. Para muitos pesquisadores, faltam peças do quebra-cabeça para definir se está espécie é realmente nova ou não.

"Realmente não sabemos", afirma Ian Tattersall, do Museu de História Natural, em Nova York, que não participou das pesquisas. Segundo ele, a árvore genealógica dos humanos "é cheia de ramificações. É inteiramente plausível que vários outros galhos existam sem que os cientistas saibam".

Os cientistas envolvidos na pesquisa alertam que por muito tempo os humanos não ficaram sozinhos, e que espécies parecidas conviveram relativamente juntas por milhares de anos.

"Não estávamos sozinhos. O homem moderno conviveu com outras espécies e a substituição não foi imediata", afirma Todd Disotell, da Universidade de Nova York

quarta-feira, 24 de março de 2010

Alemanha / Ex-nazista pega prisão perpétua

Berlim (EFE) - O antigo membro da SS (tropa de elite) nazista Heinrich Boere foi condenado ontem à prisão perpétua por um tribunal da cidade alemã de Aachen, que considerou o réu culpado de um triplo assassinato cometido na Holanda durante a Segunda Guerra Mundial.Como membro do grupo de extermínio Feldmeijer, Boere, atualmente com 88 anos, participou do assassinato de três civis holandeses em 1944.Os juízes do Tribunal de Aachen aceitaram a pena proposta pela Promotoria, ao passo que a reivindicara a absolvição, argumentando que Boere já tinha sido processado no passado pelos mesmos crimes.Apesar da condenação, a prisão do ex-membro da SS dependerá da avaliação de peritos, que decidirão se o estado de saúde de Boere permitirá a ele passar o resto da vida atrás das grades.As três vítimas do nazista foram assassinadas nas localidades de Breda, Voorschoten e Wassenaar, entre julho e setembro de 1944. A execução do trio foi uma represália a atentados cometidos pela resistência holandesa.Três filhos de doisdos mortos foram responsáveis pela abertura do processo, no qual, ao longo de 20 sessões, o acusado, sempre sentado em uma cadeira de rodas, não disse praticamente uma palavra.No entanto, o ex-membro da SS admitiu os crimes pelos quais era acusado por meio de uma confissão escrita lida por seus advogados no tribunal.

terça-feira, 23 de março de 2010

Em Roma, os sinais do tempo são mantidos

A cidade de Roma, capital da Itália, um dos maiores acervos da história da humanidade, revela sua grandiosidade através de suas fontes iluminadas, seus pórticos e palácios monumentais.

No Coliseu, o mármore permanece com o aspecto de sujo: passado preservado. Foto: Nando Chiappetta/Divulgação
Durante 11 anos, o fotógrafo pernambucano Nando Chiappetta, 43 anos, morou na Itália e registrou mais do que cenas da paisagem histórica do lugar. Entendeu, sobretudo a importância da conservação do patrimônio e toda sua antiguidade. "Eles têm uma cultura de restauro muito diferente da nossa e convivem bem com o passado deles", revelou.

No Coliseu, uma de suas paisagens favoritas já presenciou muitas críticas em relação à falta de conservação do espaço. "Já encontrei turistas horrorizados com a cor do mármore com um aspecto de sujo, mas lá é uma característica do lugar. Faz parte da história e eles não alteram", constatou. O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 500 anos, tendo sido o último registro efetuado no século 6 da nossa era, após a queda de Roma em 476.

Mas foi no Panteão, onde a preservação do espaço na sua concepção original mais chamou a atenção do fotógrafo pernambucano. O local, erguido no século 6, é o único edifício construído na época greco-romana que se encontra em perfeito estado de conservação. "No Panteão não há nenhum tipo de iluminação. A única luz que entra no edifício é a solar pela cúpula. Talvez se fosse aqui já teriam colocado holofotes", ressaltou Chiappetta. De volta ao Recife desde 2005, o fotógrafo criticou a substituição das pedras portuguesas em Boa Viagem. "Acho que foi um crime. Poderiam ter modernizado a beira-mar preservando as pedras portuguesas", afirmou.

Monumentos perdem identidade

O efeito deixado pela passagem do tempo nem sempre é sinal de degradação. Ao contrário. No caso das cidades históricas, quanto mais antigos os monumentos, mais valiosos eles se tornam. A pátina, segundo os especialistas, é justamente o elemento que leva à percepção da antiguidade.

Erguida em 1876, a Ponte de Ferro, no Centro do Recife, recebeu várias camadas de tinta ao longo dos anos. O mesmo aconteceu com o casario na Rua de São Bento, em Olinda.
Foto: Arquivo DP/D. A Press
Então não estranhe se determinada estátua de bronze estiver coberta por uma camada esverdeada. Isso não é ruim. Significa que é uma peça antiga. Também não estranhe aquele "pretume" na fachada das igrejas seculares. Isso é normal. O limiar, no entanto, entre o que é antigo e o que é degradante está na técnica de conservação. Uma discussão que vem ganhando fôlego em Recife e Olinda, cidades históricas e com grande acervo patrimonial. Especialistas reclamam que essas restaurações vêm descaracterizando os monumentos.

Arquitetos, urbanistas, restauradores e professores que fazem parte do Centro de Estudos e Conservação Integrada (Ceci), com sede em Olinda, fazem um alerta contra a plastificaçãodos monumentos pelo uso de novos materiais, substitutos dos tradicionais e originais ao monumento. A Ponte de Ferro, inaugurada em 1876, que liga o bairro Santo Antônio ao da Boa Vista, com estrutura metálica fabricada na Inglaterra, já recebeu várias camadas de pinturas ao longo dos anos. "É uma estrutura antiga com cara de nova. Ela poderia ter sido conservada sem perder a sua originalidade", afirmou o arquiteto Jorge Tinoco.

As transformações nas cidades, entretanto, são inevitáveis. Não há como desconsiderar as atualizações nas edificações e tecidos históricos. "É imprescindível considerar os aspectos e dimensões em que a pátina se manifesta. É uma decisão, portanto, que deve ser tomada caso a caso", explicou o arquiteto e urbanista Sílvio Zancheti.

Um outro exemplo é a pintura do casario da Rua São Bento, em Olinda, incluída no projeto das tintas Coral, iniciada há poucas semanas. Segundo eles, esse trabalho não foi adequado, mesmo com aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(Iphan). "A pintura em massa sugere que o conjunto tenha acabado de ser produzido. Não somos contra a pintura, mas é recomendado uma gradação e no caso do casario de Olinda, a pintura deveria ser em cal", afirmou Zancheti.

O superintendente do Iphan, Frederico Almeida, reconhece a importância da pátina na cena urbana, mas segundo ele, não há um consenso sobre essa questão. "Essa é uma discussão mundial. O Iphan opta por fazer o restauro de forma completa. Não deixamos de fazer a pintura e em alguns casos usamos a tinta látex nas fachadas externas por causa da durabilidade. Há lugares que se torna inviável renovar a pintura a cal a cada seis meses", explicou.

Mosteiro - No caso do Mosteiro de São Bento, em Olinda, que também irá receber uma nova camada de pintura, os especialistas do Ceci, chamam atenção para que seja respeitada a originalidade do monumento. "A gente espera que a pintura seja a cal e não usem tintas a base de PVA", afirmou Zancheti. Segundo o arqueólogo do Iphan, Fábio Cavalcanti, a condiçãopara que o monumento seja pintado é o uso do cal na fachada.

Um exemplo positivo de preservação da pátina, apontado por Sílvio Zancheti é o restauro da sacristia da Ordem Terceira de São Francisco, no Convento de São Francisco, em Olinda. "É uma questão cultural. Há quem defenda uma nova pintura no local, mas nós optamos em fazer a conservação preservando a pátina. Até mesmo onde foi danificado nós restauramos sem alterar que houve um processo de desgaste", revelou.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Arqueólogos encontram cemitério de 4 mil anos no norte do Tibete

17/03/2010 17h47 História


No meio de um terrível deserto ao norte do Tibete, arqueólogos chineses escavaram um cemitério extraordinário. Seus habitantes morreram há quase 4 mil anos, mas seus corpos estão bem preservados graças ao ar seco da região. O cemitério fica na atual região autônoma de Xinjiang, no noroeste da China, mas os mortos têm feições europeias, com cabelos castanhos e narizes alongados.Embora o cemitério fique num dos maiores desertos do mundo, os restos mortais foram enterrados em barcos emborcados. No lugar de lápides pedindo a misericórdia divina na vida eterna, surge uma vigorosa floresta de símbolos fálicos, um sinal do intenso interesse nos prazeres da procriação.O povo há muito desaparecido não tem nome porque sua origem e identidade permanecem desconhecidas. Muitas provas, no entanto, vem emergindo sobre sua ancestralidade, forma de vida e linguagem. Seu cemitério, conhecido como Pequeno Rio, fica próximo ao leito seco de um antigo rio da bacia de Tarim, uma região cercada por montanhas. A maior parte da bacia é ocupada pelo Deserto de Taklimakan, uma área tão inóspita que viajantes solitários da antiga Rota da Seda preferiam ampliar sua viagem em muitos quilômetros e contorná-lo a cruzá-lo.

terça-feira, 16 de março de 2010

srael: vestígios de palácio omeia são encontrados perto do lago Tiberíades

16/03/2010 | 18h32 | Antiguidade

Israel: vestígios de palácio omeia são encontrados perto do lago Tiberíades


Vestígios de um palácio que data da dinastia dos Omeias (650-750 d.C.) foram identificados perto do lago Tiberíades (norte de Israel), informou nesta terça-feira o Departamento israelense de Antiguidades.

Este palácio de inverno, chamado Al Sinnabra, foi usado pelos califas Mu‘awiya I e Abd al-Malik, que construiu o Domo da Rocha, na esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, o terceiro lugar santo do Islã.

Segundo o comunicado, estes vestígios foram encontrados durante escavações realizadas entre 1950 e 1953 no Tel Bet Yerah (chamado Jel-Kerak, em árabe), mas falsamente identificado como os de uma sinagoga por causa da descoberta no local de uma pedra marcada com um candelabro de sete braços.

Da AFP Paris

História de sucesso // Sem paixão, desista!!!

Ser historiador é ter a mente aberta para poder observar o passado. O preconceito deve ser deixado de lado e o profissional precisa ser imparcial durante a investigação histórica. Estas são as diretrizes de atuação do professor e historiador Marcus Carvalho que leciona na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desde 1989.
"Trabalho com o ensino e a pesquisa histórica e aprecio ambos. Verifico que há complemento entre ambas as profissões, por exemplo, a sala de aula é o primeiro espaço de discussão das descobertas do historiador e também o local onde se aprimoram os conhecimentos", comenta Carvalho.

Ambas as profissões exigiram muito de Marcus, que se dedicou intensamente ao trabalho, tanto como professor quanto pesquisador, por considerá-los como um lazer em sua vida. "Amo o que faço, sempre acreditei que a chave do sucesso é ter uma profissão que você também considere uma paixão. Trabalhar tem que ser uma coisa interessante. Se você não gosta, não se dedica, e assim não se torna um bom profissional", conta Carvalho. E explica: "Ser professor de história foi a minha terapia para vencer a timidez na hora de divulgar o conhecimento aos meus alunos e o grande desafio de atuar como historiador acredito que tenha sido ter coragem de expor as minhas ideias em publicações científicas".

Na opinião do professor Marcus Carvalho, é de suma importância a interação dos trabalhos desenvolvidos pelos professores e pesquisadores. "Ambos precisam estar em contato constantemente, pois o ensino é um complemento importante para a reflexão intelectual desenvolvida pela pesquisa histórica e vice-versa", opina Carvalho.

Recentemente, ele concretizou mais uma etapa importante de sua formação profissional: terminou o pós-doutorado na França. "O aperfeiçoamento é imprescíndivel ao historiador, pois a experiência humana é muito mais diversa e fantástica do que a fantasia possa imaginar", diz Carvalho.

Marcus acredita que o profissional formado em história, tanto licenciatura como bacharelado, nunca pode parar de estudar e deve sobretudose aperfeiçoar constantemente. "Eu aconselho sempre aos meus alunos a batalharem pela concretização de seus sonhos, sem se importarem com as dificuldades que serão encontradas ao longo do caminho", exalta Carvalho.