quinta-feira, 29 de abril de 2010

Recife reencontra Nabuco!!!

História // Instituto Banco Real abriga exposição com documentos, objetos e fotos que resgatam vida do abolicionista!!!

Ofato é que a gente sai da vida escolar conhecendo mais a Mesopotâmia, com os seus sumérios e acadianos que os personagens que fizeram a diferença na história brasileira. Não estou falando dos condes, duques e imperadores, mas de gente como Joaquim Nabuco, Josué de Castro, Paulo Freire, Celso Furtado - com sorte, muita sorte, vamos encontrar uma ou duas linhas sobre eles nos livros indicados em nossas escolas. Por isso a exposição Joaquim Nabuco: Brasileiro, cidadão do mundo, que será aberta amanhã no Recife, prosseguindo até 11 de julho, é um daqueles biscoitos finos raros de encontrar.


Diplomata e cidadão do mundo, Nabuco defendia, além da causa abolicionista, a reforma agrária e a universalização da educação Foto: Fundaj/Divulgacao
A exposição foi instalada ano passado no Rio de Janeiro; agora chega ao Recife. No Rio, a entrada era paga (R$ 6); no Recife, a entrada é franca e, além disso, a mostra será mais ampla. Terá peças que não fizeram parte da mostra na capital carioca, como o documento original da Lei Áurea (do acervo do Arquivo Nacional) e o processo do escravo Tomás (acervo Fundação Joaquim Nabuco), defendido por Nabuco quando era estudante de Direito no Recife, em 1869. O local é o Instituto Cultural Banco Real/Santander Cultural (Av. Rio Branco, 23, Bairro do Recife). Haverá visitas guiadas para escolas, mediante agendamento feito por telefone.

Joaquim Nabuco nasceu no Recife, em 19 de agosto de 1849. Tornou-se o maior dos nossos abolicionistas, defendendo como parlamentar e ativista um pacote de reformas que incluíam abolição, reforma agrária e universalização da educação (como sabemos, só a primeira virou realidade). Foi ainda escritor, historiador e diplomata - morreu como embaixador do Brasil nos EUA, em 17 de janeiro de 1910, aos 60 anos.

A exposição faz uma narrativa da vida dele desde a infância - no Engenho Massangana, no Cabo (PE) - até a morte, em Washington. Divide-se em três módulos, acertadamente organizados em ordem cronológica (sem cair na tentação de experimentalismos, talvez pertinentes quando o personagem é da cultura pop, mas inadequados quando se trata de alguém como Nabuco). As peças são do acervo da família, da Fundação Joaquim Nabuco, do Museu Histórico Nacional e do Arquivo Nacional. Entre elas encontram-se objetos que pertenceram a Nabuco, como a caneta provavelmente usada para assinar a Lei Áurea; as primeiras edições de livros clássicos dele; fotos e correspondências com figuras ilustres do Brasil monarquista e republicano. Um destaque a mais são os recursos multimídia, que entre outras coisas permitirão aos visitantes ouvir um discurso do abolicionista na voz do ator baiano Othon Bastos.

A curadoria é da cientista política Helena Severo, com cenografia do arquiteto Chicô Gouveia e animação multimídia de Marcello Dantas. O patrocínio é do Grupo Santander Brasil e Ministério da Cultura, com apoio da Fundação Joaquim Nabuco, governo de Pernambuco e prefeituras de Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho. O ideal seria que, aproveitando a comemoração do Ano Joaquim Nabuco, a exposição circulasse também por alguns grandes polos do interior, como os municípios de Caruaru, Garanhuns e Petrolina.

terça-feira, 13 de abril de 2010

12/04/2010 - ISRAELENSES LEMBRAM HOLOCAUSTO

JERUSALÉM (AE-AP) - O triste gemido das sirenes ecoou ontem por Israel, paralisando as atividades enquanto o país recordava o Holocausto nazista, que matou até seis milhões de judeus na época da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A data anual israelense lembra as vítimas do massacre, em um momento em que essa nação teme a suposta ameaça nuclear do Irã. Israelenses afirmam ter medo de que o mundo demore muito a reagir ao Irã e a seu programa nuclear, como demorou diante da ameaça de Adolf Hitler no século passado.


As ondas de rádio tocavam músicas melancólicas, trazendo relatos de sobreviventes do Holocausto. Durante os dois minutos em que a sirene soou - um ritual anual em Israel -, os motoristas desligaram seus veículos e as pessoas pararam para marcar, de pé, o fato. A capa do jornal Yediot Ahronot publicou uma fotografia em preto e branco de um polonês judeu com barba, envolto em um manto para orações, enquanto estava de joelhos com os punhos levantados diante de soldados nazistas antes de ser executado. O homem era o avô materno de Meir Dagan, chefe da agência de espionagem Mossad. Dagan disse ao diário que vê as fotos “todos os dias e prometo que algo assim não voltará a acontecer”.



Após 65 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, há 207 mil sobreviventes do Holocausto, muitos indigentes e sós, vivendo em Israel. Nos últimos dois anos, morreram 63 mil sobreviventes do Holocausto no país, onde há a maior comunidade de sobreviventes da tragédia. Outros 200 mil sobreviventes moram em outras partes do mundo. Os nazistas eliminaram um terço da população judaica do mundo na época.



O memorial do holocausto Yad Vashem escolheu o tema “Vozes dos Sobreviventes” para a lembrança deste ano e a arte exibida mostra os trabalhos de cerca de 300 sobreviventes. As obras coletadas durante dezenas de anos incluem coloridos murais sobre a máquina nazista de extermínio.

Descoberta múmia de mulher de 2.300 anos

Arqueólogos egípcios descobriram em um cemitério antigo uma múmia da época grego-romana, que jazia em um elaborado sarcófago rodeado de máscaras de gesso, anunciou nesta segunda-feira o Conselho Supremo de Antiguidades em um comunicado.

O sarcófago, de um metro de comprimento, também de gesso, é adornado com a representação de uma mulher vestida com roupas romanas, cuja morte remonta à época greco-romana, há 2.300 anos.

Os arqueólogos também encontraram uma placa de ouro em que estão representados os quatro filhos de Hórus, o deus com cabeça de falcão, e recipientes de argila e vidro, no oásis de Bahariya, a cerca de 300 km a sudoeste do Cairo.

No mesmo local, foi descoberta em 2006 uma grande área repleta de sepulturas, na qual havia centenas de múmias.

Da AFP Paris

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Achado elo entre homem e macaco

EFE - Paleontólogos sul-africanos identificaram uma nova espécie de hominídeo que viveu há quase dois milhões de anos, o que traz luz a evolução da espécie humana e pode ser um elo entre o homem-macaco sul-africano (Australopithecus africanus) e os primeiros homens. A descoberta, publicada ontem na revista científica “Science”, foi possível graças a dois esqueletos - de uma criança e de uma mulher - encontrados em 2008 em uma caverna da região sul-africana de Sterkfontein, a 40 quilômetros de Johanesburgo.


A nova espécie, batizada Australopithecus sediba, segundo o paleontólogo Lee Berger, da universidade sul-africana de Witwatersrand, “pode muito bem ser a pedra fundamental que nos permitirá compreender a origem do gênero Homo”. Berger, autor do estudo, explicou que, por sua morfologia, os esqueletos compartilham características tanto com o Australopithecus africanus como com os primeiros membros do gênero Homo, em particular o Homo erectus e o Homo ergaster.



Ele ressaltou a grande importância da descoberta, que tapa um vazio no tempo, já que os restos, de entre 1,78 e 1,95 milhão de anos, datam de um período em que quase não existem registros. “Temos um bom registro fóssil dos hominídeos há mais de 2,1 milhões de anos, e satisfatório para 1,6 milhão de anos, mas a época entre 1,8 e 1,9 milhão de anos era realmente um buraco negro”, assinalou.



Ainda de acordo com o paleontólogo, os esqueletos revelaram um cérebro muito pequeno e braços muito longos, próprios dos australopitecos, mas também um rosto muito avançado, com nariz e dentes pequenos, e um quadril erguido para caminhar. Além disso, uma cavidade craniana similar à de hominídeos muito posteriores como o Homo erectus e o Homo habilis. Segundo Berger, “nunca se viu esta combinação de traços em nenhum hominídeo”.



A nova espécie, cujo nome significa “fonte” no idioma sul-africano seSotho, tinha uma estrutura óssea similar à das primeiras espécies de Homo, mas a empregava melhor como um Australopithecus. Os dois esqueletos foram encontrados um ao lado do outro em um bom estado de conservação em depósitos de sedimentos da caverna de Malapa, para onde foram arrastados por um desmoronamento. Segundo o geólogo australiano Paul Dirks, o ambiente em que o Australopithecus sediba viveu era muito similar ao de hoje, com planícies verdes e vales com florestas, embora os rios fluíssem em direções distintas e a paisagem estivesse em transformação

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Israel é principal ameaça à paz no Oriente Médio, diz ministro

Israel representa atualmente a "principal ameaça para a paz" no Oriente Médio, afirmou nesta quarta-feira o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, durante uma visita a Paris, em um momento de tensão nas relações Israel-Turquia.

"Israel é a principal ameaça para a paz regional", disse Erdogan à imprensa antes de um almoço de trabalho com o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

"Se um país recorre à força de maneira desproporcional, na Palestina, em Gaza, usa bombas de fósforo, não vamos dizer ‘bravo‘. Vamos perguntar por quê atua desta maneira", disse o chefe de Governo turco.

"Houve um ataque que deixou 1.500 mortos (a ofensiva israelense contra Gaza do fim de 2008 e início de 2009) e os motivos invocados são falsos", completou.

"Goldstone é judeu e seu relatório é claro", prosseguiu, em uma referência ao relatório do juiz sul-africano Richard Goldstone, elaborado a pedido da ONU, que acusa Israel e os grupos palestinos de terem cometido "crimes de guerra" durante a operação de Gaza.

"Não temos este enfoque por sermos muçulmanos. Nosso enfoque é humanitário", concluiu Erdogan, que pertence ao partido islâmico conservador AKP. As declarações foram feitas em turco e traduzidas para o francês.